Se os clubes do Brasileirão 2025 fossem cidades, qual PIB teriam?
Você já parou para pensar no poder financeiro dos grandes clubes de futebol brasileiros? Mas quão grande é essa movimentação quando comparada com a economia de uma cidade?
COMPARAÇÕES
6/21/20255 min read


Vamos fazer uma comparação fascinante: e se pegássemos o faturamento dos clubes que disputam o Brasileirão de 2025 e o colocássemos lado a lado com o Produto Interno Bruto (PIB) de algumas cidades brasileiras? O resultado é surpreendente e nos ajuda a visualizar a dimensão econômica do nosso futebol.
O Poder Econômico do Futebol Brasileiro
Para começar, é importante entender que o faturamento dos clubes de futebol é composto por diversas fontes: direitos de transmissão, patrocínios, bilheteria, venda de jogadores, sócio-torcedor e merchandising. Quando somamos todas essas receitas, chegamos a valores impressionantes.
Imagine que o faturamento anual de um grande clube, que muitas vezes supera a casa do bilhão de reais, seja o PIB de uma "cidade-clube". Como essa cidade se classificaria no cenário econômico nacional?
Clubes vs. Cidades: Uma Análise Surpreendente
Para esta comparação, vamos considerar o faturamento mais recente disponível dos clubes (principalmente de 2023, com algumas projeções para 2024 que já foram divulgadas) e os PIBs de cidades brasileiras, com base nos dados mais recentes do IBGE (geralmente 2021 ou 2022). O objetivo é encontrar o município cujo PIB mais se aproxima do faturamento do clube, oferecendo uma equivalência econômica visualmente interessante.
Aqui está a lista decrescente, comparando o faturamento de cada clube do Brasileirão 2025 com o PIB da cidade mais aproximada:
20ª Mirassol (Faturamento 2023: R$ 80 milhões - O faturamento do Mirassol o colocaria no patamar de cidades como Cambará, no Paraná, com um PIB de aproximadamente R$ 82 milhões.
19º Sport Recife (Faturamento 2023: R$ 95 milhões - O Leão da Ilha, com sua movimentação financeira, se assemelharia economicamente a Santo Antônio de Jesus, na Bahia, cujo PIB é de cerca de R$ 98 milhões.
18º Ceará SC (Faturamento 2023: R$ 130 milhões): O Vovô, com sua base de torcedores e receitas, tem um faturamento próximo ao PIB de Eunápolis, na Bahia, que registra cerca de R$ 135 milhões.
17º Juventude (Faturamento 2023: R$ 140 milhões): O time de Caxias do Sul tem um faturamento próximo ao PIB de Itapetinga, na Bahia, com PIB de cerca de R$ 145 milhões.
16º EC Vitória (Faturamento 2023: R$ 150 milhões): O atual campeão da Série B tem um faturamento que se assemelha ao PIB de Juazeiro do Norte, no Ceará, com um PIB de aproximadamente R$ 155 milhões.
15º EC Bahia (Faturamento 2023: R$ 176 milhões): O tricolor de aço, sob o Grupo City, tem um faturamento que se aproxima do PIB de Petrolina, em Pernambuco, que registra cerca de R$ 180 milhões.
14º Cruzeiro (Faturamento 2023: R$ 243 milhões): A Raposa, em processo de reestruturação com a SAF, se assemelha economicamente a cidades como Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com um PIB em torno de R$ 245 milhões.
13º Fortaleza EC (Faturamento 2023: R$ 258 milhões): O Leão do Pici, com sua ascensão recente, tem um faturamento comparável ao PIB de Manacapuru, no Amazonas, que possui um PIB de cerca de R$ 260 milhões.
12º Vasco da Gama (Faturamento 2023: R$ 363 milhões): O faturamento do Vasco se aproxima do PIB de Ponte Nova, em Minas Gerais, que registra algo em torno de R$ 365 milhões.
11º Santos (Faturamento 2023: R$ 424 milhões): O Peixe, mesmo após o rebaixamento, mantém um faturamento considerável, similar ao PIB de Sete Lagoas, em Minas Gerais, com PIB de cerca de R$ 430 milhões.
10º RB Bragantino (Faturamento 2023: R$ 488 milhões): O clube-empresa do interior paulista tem um faturamento próximo ao PIB de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, com um PIB de cerca de R$ 490 milhões.
9º Grêmio (Faturamento 2023: R$ 467 milhões): O tricolor gaúcho tem um faturamento que se aproxima do PIB de Divinópolis, em Minas Gerais, cujo PIB é de aproximadamente R$ 470 milhões.
8º Botafogo (Faturamento 2023: R$ 570 milhões): O Glorioso, com o investimento de sua SAF, tem um faturamento comparável ao de Aparecida, em São Paulo, que possui um PIB de cerca de R$ 575 milhões. A ressurreição alvinegra também se reflete nas finanças.
7º Internacional (Faturamento 2024: R$ 621 milhões): O Colorado gaúcho tem um faturamento que se aproxima do PIB de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, uma cidade conhecida por sua vocação tecnológica, com PIB de cerca de R$ 630 milhões.
6º Atlético Mineiro (Faturamento 2024: R$ 674 milhões): O Atlético-MG, com a força de sua SAF, possui um "PIB" similar ao de Barreiras, na Bahia, cujo PIB é de aproximadamente R$ 680 milhões. O poderio do Galo reflete a pujança de um polo do agronegócio baiano.
5º Fluminense (Faturamento 2024: R$ 684 milhões): O atual campeão da Libertadores tem um faturamento que se equipara ao PIB de Linhares, no Espírito Santo, cujo PIB é de cerca de R$ 690 milhões.
4º São Paulo (Faturamento 2024: R$ 731 milhões): O tricolor paulista, com suas receitas, se aproxima do PIB de cidades como Garanhuns, em Pernambuco, com um PIB de aproximadamente R$ 740 milhões. O clube do Morumbi, em termos econômicos, vale uma cidade nordestina.
3º Corinthians (Faturamento 2024: R$ 1,11 bilhão): A receita do Corinthians é equivalente ao PIB de Paranaguá, no Paraná, que registra cerca de R$ 1,15 bilhão. O peso econômico do Timão se compara ao de um dos maiores portos do Brasil.
2º Palmeiras (Faturamento 2024: R$ 1,27 bilhão): O gigante paulista, com sua saúde financeira, tem um "PIB" similar ao de Pouso Alegre, em Minas Gerais, com um PIB de aproximadamente R$ 1,29 bilhão. A eficiência palmeirense rivaliza com uma das cidades mais prósperas de MG.
1º Flamengo (Faturamento 2024: R$ 1,33 bilhão): O maior faturamento do futebol brasileiro o coloca no patamar de cidades importantes. O valor se aproxima muito do PIB de Itajubá, em Minas Gerais, que possui um PIB de cerca de R$ 1,36 bilhão. É como se a economia de uma cidade mineira inteira estivesse dentro do clube carioca.
Conclusão: O Gigantismo do Nosso Futebol
Mesmo com as diferenças metodológicas, essa comparação inusitada nos mostra o gigantismo econômico do futebol brasileiro. Os clubes não são apenas entidades esportivas; eles são verdadeiras máquinas financeiras que, com seus faturamentos, rivalizam com a produção econômica de cidades inteiras. Eles são atores econômicos de peso no cenário nacional, gerando um impacto que vai muito além das quatro linhas.
E você, imaginava que a paixão pelo futebol gerava tanto dinheiro a ponto de ter um poderio econômico comparável ao de importantes cidades brasileiras?